sexta-feira, 25 de junho de 2010

Vida?

Saí do meu trabalho bem antes do que o combinado com meu chefe, apaguei as luzes, fechei as portas, e pedi para o professor apagar as luzes do auditório quando terminasse. Não sei no que deu.

Vindo pra casa, chorava sem parar na rua. De cabeça baixa para esconder o rosto das poucas pessoas que passavam, ouvi uma voz nada amigável anunciando um assalto. Não o vi direito, não parei nem um segundo, não senti absolutamente nada.
Continuei andando e ouvindo o rapaz mandando eu voltar, mas continuei andando, pedindo à Deus que ele tivesse uma arma e acabasse comigo ali mesmo, o que não aconteceu. Quando me dei conta, estava próximo á um posto policial, e finalmente entendi o porque dele não me seguir mais.

Peguei o metrô, e desci na estação Barra Funda como de costume, mas continuei todo o trajeto á pé.
Não passei por nenhum posto policial, mas nenhum assalto foi anunciado, nenhum homem portando uma arma estava disposto a acabar com tudo ali.

Cheguei em casa para descobrir que a Kalyne me ligou, mas a droga do celular não recebeu a chamada. Assim como não consigo ligar pra ela.
Recebi a trágica noticia de que ela está se destruindo por besteira, e me lembrando de mim mesmo, vejo o quanto fui estúpido durante minha vida, e o que isso me trouxe.

A estupidez continua viva até hoje, fiz cortes no braço como faço toda vez que estou triste. Mas um deles acabou indo fundo demais, e uma dor dilacerante no meu braço esquerdo está me tirando a paz.

~Talvez se perdesse o braço, ou qualquer outra parte do meu corpo que me impossibilitasse de viver normalmente, eu aprenderia a mudar minha estúpida cabeça... Mas não é isso que quero de verdade.~

Nesse momento, tenho a chave pra acabar com isso de uma vez por todas. Deixar a kalyne em paz, meus pais em paz, e ficar em paz.

Me falta coragem de fazer isso... Verei como vai ser até o final da noite.

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